A Ilha de Itaparica, antiga aldeia dos índios tupinambás, é maior entre as 56 ilhas do arquipélago da Baía de Todos os Santos, fica localizada no Oceano Atlântico, a 14 quilômetros da cidade do Salvador e possui a única estância hidromineral brasileira.
É justamente nesta ilha, na cidade de Itaparica, que está localizado o Instituto Sacatar, local de residência artística. A sua sede ocupa um casarão da década de 50, tendo ao seu redor 9.000m² de jardins, pitangueiras, coqueiros, mangueiras, estúdios e muito silêncio, em frente a uma praia tranqüila, na qual oferece aos artistas selecionados um espaço adequado para a criação artística e um intercâmbio internacional.
http://www.sacatar.org.br/
Imagens do Instituto SACATAR.
Por meio do Prêmio Sacatar, Maristela Ribeiro residiu neste Instituto em contato com artistas oriundos da Alemanha, Canadá, Síria e EUA. Além do trabalho de experimentação desenvolvido em ateliê, a artista coordenou, na Biblioteca Municipal de Itaparica, a Oficina de Narrativa Contemporânea: leitura do mundo, com moradores locais. No final da Residência apresentou, em praça pública, duas proposições videográficas, que faziam parte do seu projeto de residência.
Apresentações em praça pública - Itaparica
Transversalmente, procurou formar um banco de dados visuais como base para a construção de estruturas experimentais e buscou como estratégia poética observar índices de "invisibilidade social" em diálogo com o patrimônio material e imaterial.
Os objetos apresentados a seguir foram concebidos no ateliê do Sacatar
a partir dessa observação.
“A Cidade” compreende, portanto, estruturas tridimensionais de domínio público e uso popular, de dimensões variadas, revestidas com material fotográfico das imagens capturadas no contexto da comunidade abordada, identificando seu modo de vida, aspectos da arquitetura, as crenças e as singularidades observadas entre os habitantes.
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Constituído de 48 faces, cada cubo, feito para ser manipulado, se desdobra multiplicando as possibilidades de combinação entre as construções arquitetônicas, avenidas, praças, ruas e becos, onde o espectador poderá interferir reordenando-as de acordo com as suas próprias idéias.
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Estes objetos são apresentados de forma dispersa, numa referência vaga e indireta à organização urbana, com suas harmonias, impermanências e contradições.
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SE ESTA RUA, SE ESTA RUA FOSSE MINHA...
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| Tabuleiro apresentado na Galeria Cañizares |
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| Maristela Ribeiro |
Artista visual, mestra em Poéticas Visuais pela EBA-UFBA, Salvador, Bahia. Atualmente desenvolve ações como artista-pesquisadora e coordenadora das Oficinas de Artes Visuais do Centro de Cultura e Arte da Universidade Estadual de Feira de Santana - Bahia. Seu trabalho artístico aborda o diálogo poético com experimentações oriundas das linguagens visuais contemporâneas, práticas híbridas ou mistas, e outros mecanismos advindos da técnica fotográfica. Desde meados dos anos 90 participa com freqüência de coletivas, salões e bienais na Bahia, em outros estados brasileiros, assim como em outros países, tendo recebido diversos prêmios e menções.
maristelaribeiro3@hotmail.com
(75) 99793479